top of page
Buscar

Você tem se lembrado de reciclar o seu lixo relacional?

  • Foto do escritor: Gustavo Asth
    Gustavo Asth
  • 2 de ago. de 2022
  • 2 min de leitura


Dias atrás li um artigo bem interessante de Suely Engelhard: "Medidas para a reciclagem do Lixo Familiar".

Neste texto a autora traz o conceito de lixo relacional. Escreve: "Nas interações afetivas a energia investida resulta em vivências que nutrem a relação eu-outro ou em toxinas relacionais que precisam encontrar um espaço de reciclagem."

Dessa leitura retirei algumas indagações que podem ser úteis de serem realizadas de tempos em tempos, visando uma reciclagem do lixo relacional: Como andam as suas trocas afetivas e relacionais? Que relações precisam ser recicladas? Quais interações negativas realizadas nos últimos dias podem ter gerado uma carga tóxica sobre a sua vida e precisam ser recicladas? Em quais zonas da vida o lixo ficou depositado? Como você pretende fazer a reciclagem deste lixo transformando-o em um NOVO produto? Não somos passivos na vida, mas sim, agentes ativos e participativos na construção de nossa existência, nossas relações com o mundo, nossas experiências familiares e nossa qualidade de vida.

Quando acumulamos toxina precisamos fazer uma limpeza, a fim de podermos funcionar saudavelmente na vida e nas relações. Sempre é possível fazer algo a respeito. Nossa vida não está terminada, nem pronta, nem precisa ficar estagnada. Criamos a cada dia nossa vida pessoal, nossa vida familiar, nossa vida profissional. Cada uma destas dimensões da vida está em constante processo de movimento e mudança, e nós integramos e proporcionamos estes processos quando estamos implicados em melhorar nossa qualidade de vida. Por vezes as pessoas e as famílias precisam reciclar o que até então era dejeto. Conforme Engelhard, "nos núcleos familiares vivemos as mais diferentes possibilidades interacionais. Loucos e sábios são criados dentro desses sistemas vivenciais". E na reciclagem deles somos participantes ativos, formadores de uma "eco-consciência familiar". A mudança não acontece ao acaso, é preciso ter coragem e disposição para trabalhar nela. Somos imperfeitos, e mesmo na família onde na maioria das vezes podemos ter a intenção de acertar, nem sempre acertamos aos nos relacionarmos uns com os outros. Se assim não fosse, seríamos perfeitos, mas estamos longe disso. Engelhard, em seu texto alerta: "Toda família tem seus esqueletos guardados em seus armários." E cita uma frase de George Bernard Shaw, escritor irlandês (1856-1950): "Se você não pode se livrar do esqueleto em seu armário, é melhor você ensinar ele a dançar." A reciclagem do lixo relacional pode ser uma estratégia para gerar uma melhor qualidade de vida.

Você tem se lembrado de reciclar o seu lixo relacional?


REFERÊNCIAS:

ENGELHARD, S. Medidas para a Reciclagem do Lixo Familiar. In: Revista Brasileira de Terapia de Família 4 (1), JULHO, 2012.



 
 
 

댓글


bottom of page